Religiosos utilizam 'cogumelo mágico' em experimento

Religiosos utilizam cogumelo mágico em experimento



Um padre, um rabino e um monge budista comem um monte de cogumelos psicodélicos. Parece o começo de uma piada absurda, certo? Mas a situação acima, na verdade, é um experimento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

O objetivo é testar como as substâncias afetam o pensamento religioso de diferentes indivíduos. Membros de outras comunidades religiosas também vão participar da iniciativa.

O experimento utilizará as propriedades psicoativas do cogumelo de psilocibina e testará a premissa de que o uso de drogas psicodélicas é apropriado, especialmente para examinar crenças.


Duas dúzias de estudiosos de religião de diferentes partes do mundo receberão duas poderosas doses de psilocibina refinada — o ingrediente psicoativo do chamado "cogumelo mágico" — ou Psilocybe, em sua classificação taxonômica. As doses serão administradas com um mês de intervalo.

Embora muitas religiões refutem o uso de substâncias psicoativas, vários padres católicos, ortodoxos e presbiterianos, bem como um monge budista e vários rabinos, voluntariaram-se. Entretanto, não há nenhum muçulmano ou sacerdote hindu entre os participantes, afirmou Richards.
Enquanto os voluntários estiverem sob o efeito psicodélico, eles poderão deitar ou relaxar em um sofá ouvindo músicas religiosas por meio de um fone de ouvido e com vendas nos olhos. O objetivo é "ir fundo e coletar experiências", afirma Richards. Os membros da pesquisa irão descrever seus sentimentos e observações em tempo real. Tudo isso mediado pelo conhecimento religioso prévio de cada um.
"Até agora, todos valorizaram a experiência", disse o psicólogo da Universidade Johns Hopkins. Os voluntários serão avaliados cerca de um ano depois do fim do experimento.
Os pesquisadores da Johns Hopkins são apenas um dos muitos grupos científicos que analisam drogas psicodélicas — incluindo psilocibina, LSD e MDMA.
Outras pesquisas já indicaram que a psilocibina pode funcionar para aliviar a ansiedade de pacientes com câncer terminal, informou o The Guardian. Há, ainda, outros usos testados para drogas psicoativas no tratamento de pacientes diagnosticados com transtorno de estresse pós-traumático, alcoolismo e depressão severa.
Fonte: br.sputniknews.com 

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